O Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM) na Zambézia garante que já suspendeu o comandante distrital de Morrumbala, Afonso Dias, acusado de se relacionar com uma criança de 16 anos de idade, o que à luz da lei configura união prematura e é crime.
O caso arrasta-se há meses e recentemente originou pronunciamentos condenatórios por parte das organizações da sociedade civil. Na Zambézia, a Procuradoria Provincial chegou a exigir a suspensão do indiciado até que haja desfecho da investigação que avançou estar em curso.
Ao “O País”, o Comando Provincial da PRM na Zambézia disse que já suspendeu o agente da lei e ordem para que a investigação decorra sem sobressaltos.
“O comandante da PRM de Morrumbala está suspenso das suas funções. Decorrem investigações do caso de que é acusado. Não sabemos se é verdade, por isso, vamos deixar que o sector da Justiça faça a sua parte” de modo a apurar os factos que “recaem sobre o nosso colega”, esclareceu Sidner Lonzo porta-voz do Comando Provincial da Zambézia.
“A corporação não se compadece com comportamentos que mancham o seu bom nome. O papel da Polícia é, entre várias situações, proteger a criança indefesa e não só, que muitas vezes corre o risco de assédio e casamentos prematuros em diversas comunidades do país”, acrescentou Sidner Lonzo.
Quando ainda estava no activo, Afonso Dias intimidava testemunhas para não falarem a verdade e, inclusive, proferia ameaças de morte, de acordo com alguns entrevistados pelo “O País”.
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