O primeiro-ministro sudanês, Abdallah Hamdok, sobreviveu a um ataque a bomba na capital do país, Cartum, anunciou hoje o seu chefe de gabinete, Ali Bakhit, numa mensagem nas redes sociais.
"Ocorreu uma explosão enquanto o carro do primeiro-ministro, Abdallah Hamdok, passava, mas graças a Deus ninguém foi afetado", declarou Bakhit numa mensagem publicada na sua conta na rede social Facebook, citado pela agência de notícia AFP.
De acordo com a agência de notícias Associated Press (AP), a família do primeiro-ministro assegurou que o líder político está em segurança. Segundo os meios de comunicação sudaneses, citados pela AP, nenhum grupo assumiu ainda o ataque a Abdallah Hamdok.
Hamdok foi nomeado primeiro-ministro em agosto passado, depois de protestos pró-democracia terem forçado os militares a retirar do poder o Presidente Omar al-Bashir e depois substituí-lo por um Governo liderado por civis.
Os generais militares continuam a ser os governantes de facto do país e demonstraram pouca vontade de entregar o poder à Administração liderada por civis.
Hamdok confirmou que o Governo cooperará com os esforços do Tribunal Penal Internacional (TPI) para processar os procurados por crimes de guerra e genocídio em conexão com o conflito de Darfur no Sudão nos anos 2000.
As autoridades de transição anunciaram em fevereiro que concordaram em entregar al-Bashir ao TPI junto com outros ex-funcionários governamentais procurados pelo TPI.
Quase um ano após a queda de Al-Bashir, o país enfrenta uma terrível crise económica.
A inflação está a 60% e a taxa de desemprego foi de 22,1% em 2019, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI).
O Governo disse que 30% dos jovens do Sudão, que representam mais da metade dos mais de 42 milhões de habitantes, estão sem emprego. FM
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