Três indivíduos, dos quais dois trabalhadores de uma empresa de segurança privada, foram detidos na passada segunda-feira, na cidade da Beira, e apresentados publicamente na quarta-feira pela Polícia. Sobre si pesa o crime de porte ilegal de uma arma do tipo pistola, de marca Makarov, que é de uso exclusivo das Forças de Defesa e Segurança (FDS).
A história começou nos meados de 2019, quando a empresa de segurança privada pretendia reforçar o seu arsenal.
“O patrão pediu-nos para procurar uma arma e comprarmos. Fizemos os nossos contactos e adquirimos uma por 15 mil Meticais junto de um amigo que pertence a uma outra empresa de segurança privada. O negócio foi feito numa barraca. O dinheiro foi disponibilizado pelo próprio patrão. Dois dias depois, exigiu o recibo do negócio. Tentamos contactar o vendedor, mas foi em vão. O contacto não estava em linha, nem ele estava no seu posto de trabalho. Ninguém sabia onde ele estava”, explicou um dos indiciados, tendo avançado outros detalhes.
“A arma começou a ser usada num posto e a empresa recebia 25 mil Meticais por mês, até aos finais do ano passado. O patrão não pagava os nossos salários e começou a despedir alguns sem justa causa, por isso decidimos remeter a queixa ao sector de trabalho e, em contrapartida, mandou que fôssemos detidos, alegando que compramos uma arma ilegalmente”, acrescentou.
Por sua vez, Daniel Macuácua, porta-voz da PRM em Sofala, disse que “a Polícia explicou que há diligências que ainda prosseguem, para se localizar o suposto proprietário da arma, e perceber-se em que circunstâncias o proprietário da empresa da segurança privada autorizou a compra de uma arma sem nenhuma licença. Aliás, este tipo de arma é de uso exclusivo das FDS”.
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