O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) quer que o Governo restabeleça a estabilidade económica e exige credibilidade no julgamento do caso das dívidas ocultas. O repto foi de Lutero Simango, presidente da terceira maior formação política no país.
Na sua comunicação por ocasião das festas do Natal e do fim do ano, Lutero Simango começou por desejar votos de uma boa quadra festiva a todos os moçambicanos. Mas, não tardou em usar da sua veia política e de um líder dum partido de oposição para falar de aspectos negativos que assolaram a população moçambicana durante o ano de 2021 corrente.
Para além de exigir restabelecimento da estabilidade económica e credibilidade no julgamento do caso das dívidas ocultas, Lutero Simango afirmou que o executivo moçambicano deve reduzir encargos fiscais, com vista ao estabelecimento de um ambiente empresarial favorável.
Segundo disse o líder político, o favoritismo nos negócios trava o desenvolvimento das pequenas e médias empresas, apesar destas serem essenciais para o fomento do ambiente económico.
Sobre a criminalidade, Simango falou dos raptos, apontando que as autoridades pouco fazem para esclarecer muitos casos. A transparência na gestão pública, o combate à corrupção, a criação de melhores condições de vida aos moçambicanos também dominaram os pronunciamentos de Lutero Simango.
“Está cada vez mais evidente que urge reinventar o Estado. Para tal, é necessário garantir que os poderes estejam devidamente separados”, disse Simango.
O discurso do líder do Movimento Democrático de Moçambique também esteve virado à produção agrícola, tendo referido que o sector ainda tem poucos investimentos.
‟O aproveitamento de matérias-primas agrícolas e o equilíbrio da balança comercial são essenciais para o crescimento do país”, reforçou Lutero Simango.
Para o líder do terceiro partido parlamentar, o país continua a ser assolado pela intolerância política, tendo apontado, por exemplo, o último caso de detecção das activistas na Cidade de Maputo.
Lutero Simango fez ainda uma radiografia sobre o gestão administrativa e territorial, tendo referido que a descentralização no país ainda se encontra num estágio frágil.
‟Moçambique precisa de um Estado menos centralizado, menos burocratizado e assente no princípio de valores éticos e morais. A descentralização deve privilegiar a transferência de poderes aos Governos locais”, considera Lutero Simango.
Entre retrospectivas de 2021 e perspectivas para o ano que se aproxima, Lutero Simango falou também da insegurança no país, tendo referido que o país está vulnerável e isso acontece por causa da fragilidade no controlo das fronteiras locais.
Enviar um comentário