Idosa inglesa condenada por traficar em cruzeiro morre na cadeia de Tires

Susan Clarke, de 72, a idosa britânica que estava a cumprir pena em Portugal por ter traficado um milhão de libras em cocaína com o marido, morreu na prisão de Tires, na sequência de um cancro da mama, no passado domingo. 



A notícia é revelada pelo The Mirror, que conta ainda que, quando a sua condição piorou, foi permitido a Susan que visitasse o companheiro Roger, de 73 anos, dois anos depois de terem sido colocados em diferentes estabelecimentos prisionais. 


"Ela foi deixada para morrer numa prisão estrangeira sem ninguém por perto. Há quatro semanas, teve uma última visita a Roger. Viram-se através de uma janela", contou uma fonte à publicação. 


"Ela a lutar contra o cancro, mas os médicos em Portugal decidiram que não havia nada que pudessem fazer. Então pararam o tratamento", acrescentou.


Recorde-se que, em dezembro de 2018, o casal foi 'apanhado' a bordo do cruzeiro de luxo MC Marco Polo que regressava das Caraíbas - e que atracou em Santa Apolónia, em Lisboa -, com malas que continham droga. As autoridades nacionais encontraram cocaína escondida nos forros de quatro malas que Roger e a esposa concordaram em ir buscar à ilha paradisíaca de St. Lucia.


Perante o coletivo de juízes, no ano seguinte, Roger explicou: "Algumas pessoas que conhecemos sabiam que ocasionalmente íamos às Caraíbas de cruzeiro e pediram-me para negociar a compra de frutas exóticas para enviar para o Reino Unido. Encontrei-me com certas pessoas nessas ilhas para fazer esse trabalho", citou, na altura o The Telegraph.


O britânico referiu ainda que lhe pediram para levar de volta para o Reino Unido algumas malas porque poderiam ser vendidas por um valor alto em locais como o Harrods, nomeadamente 1.500 libras (cerca de 1.700 euros). De acordo com Roger, as malas que transportou serviriam como amostras para possíveis compras posteriores. "Foi algo que fiz por eles sem problemas em cruzeiros anteriores por isso concordei".


Ainda em sede de tribunal, o homem recordou que ficou em "choque" quando as autoridades portuguesas bateram à porta da cabine onde dormia com a mulher, pelas 5h da madrugada, depois de o navio ter atracado em Lisboa, a última paragem antes da chegada ao Reino Unido. Assim que as autoridades abriram as malas encontraram a droga.

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