Vinte e quatro horas depois do incêndio que deflagrou no bloco operatório do Hospital Central de Maputo (HCM), dados preliminares apontam a casa das máquinas de ar condicionado como a fonte do fogo que danificou quatro salas que estavam em reabilitação. Não houve, segundo a Direcção da unidade sanitária, registo de danos humanos.
O incêndio iniciou às 16 horas da desta segunda-feira e só foi extinto na madrugada do dia seguinte da terça-feira com a intervenção do Serviço Nacional de Salvação Pública e também com o auxílio dos bombeiros da empresa Aeroportos de Moçambique.
A Direcção do Hospital Central de Maputo convocou, a imprensa para dar a conhecer o ponto de situação em torno dos trabalhos em curso para esclarecer a origem do fogo.
Mouzinho Saide, director daquela que é considerada a maior unidade sanitária do país, numa breve comunicação, explicou que o incêndio se circunscreveu às condutas dos tubos de ar condicionado.
“Durante o trabalho realizado pelo Serviço Nacional de Salvação Pública, tivemos que partir a parede onde está a casa de máquinas e pensamos que provavelmente tenha sido a casa de máquinas de ar condicionado a fonte do fogo”, apontou Mouzinho Saide, director-geral do Hospital Central de Maputo.
Neste momento, os blocos administrativo e operativo estão sem corrente eléctrica, porque foi desactivada para garantir a segurança, visto que as paredes se encontram molhadas com água usada para debelar o fogo e espera-se pela avaliação da EDM para a reactivação do sistema eléctrico.
Quanto aos danos registados, há pelo menos quatro salas do bloco operatório danificadas. “Estão funcionais seis salas operatórias e as quatro que estavam em reabilitação ficaram danificadas; duas das que estão operacionais também sofreram alguns danos particularmente na zona dos terminais dos aparelhos de ar condicionado”, concluiu Saíde.
Quando iniciou o incêndio, decorria uma cirurgia que, segundo Mouzinho Saíde, terminou bem; foi também evacuada uma enfermeira de uma sala onde se encontravam dois doentes de clínica especial. Alguns serviços do banco de sangue e laboratório de análise funcionaram condicionados, devido à falta de energia eléctrica e também 35 consultas externas estão a decorrer de forma condicionada pelos mesmos motivos.
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