Garimpeiros estrangeiros em Cabo Delgado não serão abrangidos pelo censo da mineração artesanal

Cidadãos estrangeiros, que exercem o garimpo em Cabo Delgado, não serão abrangidos pelo censo da mineração artesanal que o Governo moçambicano pretende realizar em todo o país.



Segundo confirmaram as autoridades da província, apenas será feito o levantamento de cidadãos nacionais que exploram os recursos minerais de forma artesanal.


“Apenas moçambicanos serão recenseados neste censo artesanal e, neste momento, não estamos interessados com garimpeiros estrangeiros”, explicou Norte Luali, director dos Serviços Provinciais de Infra-estruturas, durante a cerimónia que marcou o início da formação da equipa que estará envolvida no censo da mineração artesanal.


Apesar da mineração artesanal em Cabo Delgado ser praticamente controlada por cidadãos estrangeiros, que escavam, vendem e até exportam os recursos minerais de forma ilegal, o Governo da província não vê a necessidade de os abranger no censo que inicia já no próximo mês.


“Ao nível da província, o censo será realizado em oitenta e oito focos de mineração artesanal, onde existem muitos estrangeiros, mas como são pessoas que entram e saem do país constantemente, não há necessidade de os incluir nas nossas estatísticas”, justificou a fonte.


O censo na mineração artesanal vai decorrer de 11 de Outubro a 9 de Novembro próximo e, caso seja concluído, será a primeira vez, na história do país, que se vai saber exactamente quantas pessoas exploram recursos minerais de forma artesanal.


Rubis, ouro e outras pedras preciosas e semi-preciosas são alguns recursos explorados de forma artesanal na província de Cabo Delgado, onde anualmente dezenas de garimpeiros perdem a vida soterrados nas minas artesanais.


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