Um grupo de estudantes da Universidade Eduardo Mondlane reuniu-se, hoje, na praça da independência, na cidade de Maputo, para manifestar-se contra as regalias dos agentes e funcionários parlamentares, aprovadas pela Assembleia da República.
A marcha, que iniciou pacífica, tornou-se violenta por conta da intervenção da Polícia que impedia, fortemente armada, a realização da marcha, alegadamente por falta de autorização.
Apesar do forte contingente policial destacado para o local, incluindo a força canina, os estudantes, de forma dispersa, sem cânticos, nem dísticos, continuaram a sua manifestação rumo à Assembleia da República.
A polícia destacada para o local afirma não ter recebido qualquer pedido de autorização para a realização desta “passeata”, pelo que não pode permitir que os estudantes continuem com a manifestação.
“Não é proibido fazer manifestação, porém precisam de autorização. Ainda não tenho informação de que vocês vão caminhar. Organizem-se e peçam autorização. Antes disso, não devem continuar ”, avisou o agente.
Por sua vez, os estudantes garantem ter submetido vários pedidos de autorização às autoridades competentes, porém não obtiveram resposta em tempo útil, tendo decidido pela realização da marcha à revelia.
Já nas redondezas da Assembleia da República, os estudantes viram a sua manifestação inviabilizada, mais uma vez, pelo bloqueio de uma parte da Avenida 24 de Julho, que dá acesso à casa do Povo, facto que geralmente acontece quando há sessões na AR.
Este bloqueio, para além de impedir o acesso de qualquer pessoa que fosse ao perímetro da AR, desviou o trânsito, causando um fluxo bastante lento de viaturas na direcção Maputo-Matola.
Segundo um comunicado a que “O País” teve acesso, a Associação do Estudantes Universitários da Universidade Eduardo Mondlane distancia-se da manifestação levada a cabo pelos estudantes da Universidade.
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