Dezenas de crianças deslocadas de Palma e acolhidas no centro transitório de Pemba, em Cabo Delgado, em consequência dos ataques terroristas em Março passado, ainda não estão a estudar. As autoridades não divulgaram o número de petizes afectados, que enquanto não regressam à escola passam maior parte do tempo a brincar.
Oficialmente ainda não foi anunciado o número de crianças que ficaram sem estudar devido aos ataques terroristas na vila de Palma, no dia 24 de Março último, e muito menos o número das que voltaram à sala de aulas depois de terem fugido para as zonas seguras da província de Cabo Delgado.
No entanto, segundo apurou “O País”, pelo menos no centro de acolhimento transitório de deslocados de Pemba, até ao momento, nenhuma criança foi integrada na escola.
“Eu estudava na terceira classe em Mocímboa da Praia e depois fui a Palma. Houve interrupção de aulas e quando estava para voltar a estudar chegaram os Alshababes, por isso vim para Pemba”, contou Anssumane Saíde, uma das crianças deslocadas.
O “O País” contactou a Direcção provincial de Educação de Cabo Delgado para obter informações sobre a situação dos alunos e professores de Palma, incluindo a previsão de reaberturas das escolas encerradas desde o dia em que vila foi atacada pelos supostos terroristas, mas não teve sucesso.
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