A televisão estatal iraniana afirmou que os mísseis disparados hoje de madrugada por Teerão sobre bases no Iraque mataram 80 norte-americanos, citando uma "fonte informada" junto dos Guardiães da Revolução.
O Irão lançou na noite de terça-feira para quarta-feira, com início cerca das 01:30 locais, uma salva de mísseis sobre bases com militares norte-americanos no Iraque em retaliação pelo assassínio por Washington na última sexta-feira do seu mais importante general, Qassem Soleimani, fazendo recear uma escalada regional.
O comando militar do Iraque indicou hoje em comunicado que 22 mísseis atingiram o território do Iraque “entre as 01:45 e as 02:15 locais” e que “17 foram contra a base aérea de Ain al-Assad e cinco contra a cidade de Erbil”.
“Pelo menos 80 militares norte-americanos foram mortos no ataque”, afirmou o ‘site’ da televisão estatal da República Islâmica, citado pela agência France-Presse.
Aviões não tripulados (‘drones’), helicópteros e outro material militar também foram danificados nos ataques, adiantou a mesma fonte iraniana.
O jornal britânico Guardian indicou que as autoridades iranianas disseram a media estatais que pelo menos 80 norte-americanos “foram mortos ou feridos” nos ataques e que o balanço estava “a ser escondido do público”.
“A avaliação dos danos e das vítimas está em curso. Até agora está tudo bem”, indicou na rede social Twitter o presidente norte-americano Donald Trump, adiantando que fará hoje uma declaração sobre o assunto.
A fonte dos Guardiães da Revolução, tropa de elite da República Islâmica, citada pela televisão iraniana, indicou igualmente que foram identificados pelo menos 140 alvos norte-americanos e dos seus aliados na região, afirmando que poderão ser visados “se os norte-americanos cometerem ainda qualquer erro”.
De acordo com esta fonte não identificada, 15 mísseis caíram sobre a base iraquiana de Ain al-Assad (oeste) e nenhum foi intercetado pelos “radares do exército terrorista da América”.
Os ataques, que segundo o exército iraquiano não causaram vítimas nas suas fileiras, não suscitaram ainda resposta.
Lusa
Enviar um comentário