Paulo Vahanle não cede a ameaças de morte

No norte de Moçambique, o autarca de Nampula, Paulo Vahanle, diz ser alvo de ameaças de morte. 
Paulo Vahanle não cede a ameaças de morte


O seu predecessor, Mahamudo Amurane, tal como Vahanle, membro da oposição, foi igualmente ameaçado, antes de ser assassinado.

Paulo Vahanle, o edil do maior partido da oposição, a Resistência nacional Moçambicana (RENAMO), disse à DW que está a ser pressionado para renunciar à gestão da terceira maior cidade moçambicana. 

Vahanle diz que as ameaças de morte de autores são constantes e chegam através de telefonemas com números privados: "Nessas ligações, dizem que eu devia abandonar esse lugar [presidência do Município] para ir à Assembleia da República [onde suspendeu o seu mandato de deputado]", porque lá estaria melhor "acomodado” e que a continuar em Nampula "vou perder a vida, porque estou a ocupar espaço que já tem donos".

O edil da RENAMO diz que as ameaças já se arrastam há três meses, mas ainda não fez queixa à Procuradoria-Geral da República ou á polícia por não poder precisar a proveniência das chamadas, tendo reportado a situação apenas à RENAMO.

Tanto na residência oficial, como no gabinete de trabalho, o edil tem proteção da Polícia Municipal. Mas os agentes não estão armados, diz Vahanle. Por isso adanta que a sua segurança está nas mãos de Deus.

 "Não tenho praticamente uma segurança que me faça sentir mais seguro. Mas não deixarei de circular no meu município por ameaças".

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