Três indivíduos foram detidos entre segunda e terça-feira, acusados da prática de crime de raptos na Cidade de Maputo. Os visados caíram nas mãos das autoridades quando se preparavam para mais um crime.
Segundo o Porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal, na Cidade de Maputo, Hilário Lole, os acusados foram detidos, numa residência “luxuosa” no bairro Triunfo, a mesma foi arrendada, no mês de Janeiro para servir de cativeiro, das vítimas de futuros raptos.
“O SERNIC na Cidade de Maputo deteve três cidadãos, sendo um do sexo masculino e dois do sexo feminino, com idades compreendidas entre 29 aos 40 anos de idade, indiciados pela prática do crime de rapto ”, avançou.
Lole fez saber que dos detidos é também indiciado de ter participado de dois raptos, nos dias 11 e 13 Abril do ano passado, na Cidade de Maputo, um que ocorreu no Alto Maé e outro próximo ao Consulado de Portugal.
Lole disse ainda que os acusados foram detidos no momento em que se preparavam para mais um sequestro.
“Arrendaram esta residência no mês de Janeiro, concretamente no dia seis por um período de três meses, no valor de 600 mil Meticais, pago em numerário que seria ocupada, após o sequestro. Após o arrendamento da residência eles só ocuparam no dia 15 de Fevereiro, nestes actos preparatórios, os mesmos adquiriram uma viatura, num dos parques da Cidade de Maputo, que também seria usada, para a prática deste rapto”, explicou o porta-voz.
O SERNIC não revelou a identidade das pessoas que seriam raptadas, “por questões de segurança”, mas garante que já trabalha para garantir a segurança das mesmas, como também trabalha para encontrar outros integrantes do grupo e os mandantes dos crimes.
Os indiciados negam as acusações, e dizem que apenas foram contratados para procurar a casa e o carro, e cuidar dela.
“Eu recebi um telefonema de um número sul-africano, a pessoa perguntou se eu sou o Julinho de Xai-Xai, então a mesma disse que tinha um pedido a fazer, pediu-me que viesse à Maputo, que ia-me encontrar com uma senhora. Quando cheguei, pediu para arranjar uma casa boa, fizemos isso, depois informamos que já havíamos conseguido, então fomos levar um dinheiro, 600 mil Meticais, com uma moça”, contou, um dos indiciados.
Após o pagamento da renda da casa, compraram uma viatura e retornaram para Xai-Xai, aguardando por novas ordens. “De lá para cá ele não chegou a ligar, disse-me que ligaria quando estivesse a precisar de mim, estou à espera que me ligue, pois nem conheço a pessoa que arrendou a casa”.
O mesmo nega as acusações de ter participado noutros casos de rapto, como também refere que nunca, antes, esteve detido.
A mesma história conta as duas mulheres que vieram da África do Sul, convidadas para cuidar da casa, dizem não saber quem as mandou para virem ao país, nunca falaram de valores que receberiam, como também não sabem para que fins serviria a casa.
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