Nyusi exige à PRM o combate cerrado aos raptos a partir da corporação

 O Presidente da República desafia a Polícia a combater os raptos a partir de dentro da corporação. Filipe Nyusi destaca também a necessidade de as Forças de Defesa e Segurança (FDS) serem intransigentes no combate ao terrorismo e apela para o respeito aos direitos humanos. São desafios deixados hoje na tomada de posse dos novos dirigentes das FDS.



Na cerimónia da tomada de posse dos chefes das FDS, Filipe Nyusi começou por dizer que as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e a Polícia da República de Moçambique (PRM) são sensíveis a todo o tipo de desafio tanto global quanto local, pelo que há necessidade de os enquadrar em todas as etapas.


Apesar de o terrorismo constituir desafio actual às FDS, o Chefe do Estado lembrou que não é a única ameaça e instou os empossados a estarem atentos a todo tipo de crime, sendo que a palavra de ordem é o seu combate cerrado, por isso Nyusi apela para que sejam intransigentes na defesa da soberania e da integridade territorial.


“O terrorismo é uma das ameaças mais visíveis à integridade territorial e à soberania nacional, pelo que o combate e a eventual erradicação devem constituir a vossa prioridade sem prejuízo de todas as formas e tipos de ameaças. Mas, não se distraiam, além de terrorismo, há várias ameaças”, lembrou o Chefe de Estado.


Não é a única ameaça, até porque se verifica o recrudescimento dos raptos no país, e Filipe Nyusi está atento ao fenómeno e desafiou o novo Vice-Comandante-Geral da PRM, Fernando Tsucana, a envidar esforços para, junto de Bernardino Rafael, combater o fenómeno a partir da corporação.


“O novo Vice-Comandante-Geral da PRM toma posse num momento sensível, em que, além da tarefa de ordem pública, acrescenta-se o combate directo ao terrorismo, pelo que, para além de assistir o Comandante-Geral nesta complexa missão, devia preocupar-se com os problemas da instituição, empenhar-se contra os casos dos raptos e o combate deve iniciar a partir da corporação”.


No Teatro Operacional Norte, Filipe Nyusi quer um ambiente são entre as Forças Conjuntas em combate. “O Comandante do Exército deve assegurar o aprontamento da componente terrestre, conjugando a doutrina de instrução e de empenho, tendo a necessidade de manter a capacidade de condução de operações de baixa, média e grande intensidade com base nas exigências. Deve aprimorar a máxima coordenação das FADM e outras amigas no Teatro Operacional Norte”, disse para depois acrescentar que devem ter sempre em conta o respeito pelos direitos humanos.


Além deste ambiente saudável entre as diferentes tropas, o Presidente da República quer do Inspector das FADM “a garantia da observância da legislação aplicável na gestão dos Recursos Humanos, sendo relevante privilegiar uma postura pedagógica exemplar, visando prevenir desvios para melhor inspeccionar”.


E para que haja esta gestão dos Recursos Humanos, primeiro deve haver, segundo o Chefe do Estado, a formação de jovens, e este papel foi endereçado ao novo Comandante Cívico de Moçambique, Ezequiel Isac Muianga.


“Deve desenvolver o projecto de formação profissional de jovens em áreas que possam garantir a disponibilização de recursos humanos capazes de contribuir com o seu saber para promover soluções de impacto na melhoria de qualidade da população moçambicana”, desafiou Nyusi e acrescentou a necessidade de o empossado garantir a reconstrução das zonas libertadas em Cabo Delgado.


O Chefe de Estado disse poder contar com os Brigadeiros promovidos nas várias missões de forma dinâmica e flexível e rematou: “O vosso posto de trabalho final não é o escritório. É lá onde se resolvem os problemas do soldado; é lá onde se liberta o cidadão.”

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