Esta semana, vários membros de uma delegação do Governo da República Democrática do Congo foram sequestrados, no território de Djugu, na província de Ituri, nordeste do país, por um grupo rebelde quando procuravam mediar com os insurgentes para um cessar-fogo, anunciaram as autoridades locais citadas pela Lusa.
Entre os membros da delegação do Governo está o antigo criminoso de guerra, Thomas Lubanga, condenado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) a 14 anos de prisão por recrutar crianças-soldados.
Num comunicado divulgado pelo órgão de comunicação local Actualité, a delegação confirmou que os reféns estão bem e que estão a ser tomadas medidas para garantir a libertação.
“Todas as informações recebidas deles garantem que os membros do grupo de trabalho estejam vivos e bem”, diz a nota, sem se especificar o número de reféns.
“O grupo de trabalho pede calma à população em geral e à Ituri, em particular, porque os procedimentos para o seu regresso estão a progredir muito bem”, acrescentou a missão governamental.
Segundo o Notícias ao Minuto, o sequestro ocorreu, aparentemente, em retaliação a um ataque do exército congolês, numa área próxima ao local onde estavam a decorrer as negociações entre as partes.
O grupo rebelde Cooperativa para o Desenvolvimento do Congo nasceu em 2018 com o objectivo de lutar contra os abusos do exército, mas sabe-se que já protagonizou vários ataques armados e assassínios de civis.
Em meados de Novembro de 2021, por exemplo, supostos rebeldes deste grupo armado atacaram vários assentamentos de deslocados internos, onde morreram dezenas de pessoas.
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