O novo protocolo sanitário aprovado pela África do Sul divide opiniões entre os cidadãos sul-africanos. Entretanto, todos esperam que 2022 seja melhor na forma como o Governo tem gerido a pandemia.
A África do Sul aprovou, na véspera da transição do ano, profundas alterações no protocolo sanitário sobre a COVID-19.
Mesmo sendo um dos países mais afectados pela pandemia no continente, o Executivo de Pretória suspendeu o recolher obrigatório, aumentou o número de participantes de eventos públicos e eliminou as restrições de horários nos estabelecimentos de venda de bebidas alcoólicas.
Nas ruas da Cidade do Cabo, as medidas dividem opiniões, entre os que aprovam.
“Acho que é bom, é perfeito. Temos a nossa liberdade de volta. Já precisávamos da nossa vida de volta”, disse Sebastian Clabiran, residente em Cape Town.
Há quem tenha defendido que o desconfinamento deve ser acompanhado de responsabilidade.
Segundo Auren Bayle, também residente em Cape Town, “mesmo se dissermos que o Governo decidiu isto ou aquilo. No final do dia, é a tua vida, não do Governo. Quando estás na tua casa, deves perguntar-te sobre isso, porque a questão não é o Governo, é a minha vida”.
“É bom para os negócios. Eu penso que seja mais pelos negócios e não pela socialização. A socialização faz parte da vida, mas, quando falamos de negócios, notamos que há perda de oportunidades”, afirmou Monitaro Zidzo, que vive na mesma cidade.
O anúncio do desconfinamento aconteceu dias depois do país ter rompido com a necessidade de isolamento para doentes assintomáticos e reduzido de 10 para três dias o tempo necessário para declarar um caso recuperado. Mesmo que a terra do rand tenha sido pioneira, há sul-africanos que não concordam com algumas das inovações.
Para Fred Ortugan, morador em Cape Town, “estamos bem na fotografia e a nossa contribuição para a investigação global tem sido inacreditavelmente boa. Penso que eles são qualificados para tomar suas próprias decisões, entretanto acho que deviam manter os 10 dias”.
Opiniões à parte, entre os cidadãos daquele país, há esperança de que o novo ano traga dias melhores.
Por sua vez, outra residente em Cape Town, Pundza Tembane, espera que haja mais negócios, pois, neste momento, não há emprego. “A maioria das pessoas perdeu seus empregos desde a eclosão da COVID-19”.
A África do Sul já diagnosticou mais de três milhões de casos positivos da COVID-19 e registou, até agora, mais de 91 mil mortes pela pandemia.
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