Chama-se “IHU” e tem 46 mutações. Acredita-se que a estirpe esteja na origem da escalada de casos do novo Coronavírus na França, embora seja considerada “mais fraca” em relação à Ómicron, que também circula com intensidade.
O ano começou com votos de esperança para o fim da pandemia e ninguém queria que os apelos fossem respondidos pela chegada de uma nova variante.
Chama-se “IHU” e foi descoberta por cientistas do Instituto Méditerranée Infection, de Marselha. Apesar da descoberta ter sido em França, os estudiosos dizem que a estirpe tem origem em África, concretamente nos Camarões.
Os primeiros casos da nova variante, que tem a designação técnica B.1.640.2, foram detectados na localidade de Forcalquier e em Marselha. Desde a descoberta, foram confirmadas 12 infecções. Os casos são alegadamente de viajantes que saíram dos Camarões para a França e os seus contactos.
A espécie tem 46 mutações, incluindo uma que está associada a um possível aumento de contágios. Entretanto, é considerada mais fraca do que a Ómicron.
Ainda pouco se sabe sobre a IHU, mas os estudos indicam que deriva de uma outra, a B.1.640, detectada em finais de Setembro de 2021 na República do Congo e actualmente sob vigilância da Organização Mundial da Saúde.
O IHU de Marselha, foi descoberto pelo polémico médico Didier Raoult, que recebeu uma advertência da Ordem dos Médicos francesa por ter violado o código de ética, ao promover o uso do antimalárico hidroxicloroquina como tratamento para a COVID-19 sem provas da sua eficácia.
No 4 de Janeiro, data em que foi anunciada a nova variante, a França registou 264.184 casos e 342 óbitos. Os Camarões ainda não confirmaram casos da nova variante “IHU”.
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