Mais de 140 funcionários do HCM infectados pela COVID-19

 O Hospital Central de Maputo (HCM) está, actualmente, com 151 funcionários infectados pela COVID-19, com destaque para 30 médicos afectos ao Serviço de Urgência. Por outro lado, há falta de sangue: a unidade sanitária precisa de duas mil unidades de sangue para o seu funcionamento, mas tem apenas 700. 



A COVID-19 não está a dar tréguas e continua a alastrar-se pelo país. De sábado para domingo, no Hospital Central de Maputo foram testadas 187 pessoas e 99 acusaram positivo para COVID-19. É a variante ómicron responsável pelo alastramento dos casos da doença pandémica.


E tudo se complica quando os médicos entram para as estatísticas dos infectados. Só na enfermaria da COVID-19 no HCM, 16 médicos estão internados. Madalena Manjate, médica afecta ao Serviço de Urgência, diz ser preocupante a actual situação na maior unidade sanitária do país.


“Temos 151 funcionários do Hospital Central de Maputo infectados pela COVID-19. Para dar um exemplo, a enfermaria onde tratamos as pessoas com a COVID-19 tem 30 pessoas em casa, infectadas pela COVID-19; destas 30 pessoas, 12 são médicos. Na enfermaria onde são internadas as pessoas com a COVID-19, há 20 infectados, dos quais 16 são médicos. Estamos a ter comprometimento no atendimento ao público e na execução das nossas actividades, o que leva o HCM a trabalhar em condições não favoráveis”, disse Madalena Manjate.


Por outro lado, há falta de sangue no maior hospital do país, o que pode impactar negativamente no salvamento dos vários utentes, com destaque para as vítimas de acidente de viação.


“Normalmente, o HCM funciona com mais de 20 mil unidades de sangue e, agora, estamos a funcionar com 700 unidades”, disse para depois apelar para doação de sangue. “Todo indivíduo saudável, maior de 18 anos de idade, pode dirigir-se a partir desta segunda-feira ao banco de sangue para doar sangue e permitir que não esteja comprometida a próxima quadra festiva.”


De sábado para domingo, deram entrada no HCM 281 pessoas, das quais 61 vítimas de traumas, com destaque para acidentes de viação e agressões físicas.

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