Um ano depois, ADIN diz que já construiu 800 casas para deslocados em Cabo Delgado

 A Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte anunciou, nesta sexta-feira, em Maputo, a construção de 800 casas para os deslocados, a abertura de algumas vias de acesso e a assistência às vítimas do terrorismo em Cabo Delgado, como parte dos seus esforços no âmbito da promoção da zona norte.



Reunida pela primeira vez, desde a sua criação, em Março de 2020, mas oficialmente lançada a 31 de Agosto do mesmo ano, o comité de supervisão da Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN) disse que desde a sua criação, a agência enfrentou dificuldades para o início das suas intervenções, ligadas a processos do âmbito organizacional.


Falando à imprensa, o Presidente do Conselho Executivo da ADIN, Armindo Ngunga, disse que desde a sua criação, a organização direccionou os seus esforços na procura de soluções para a situação humanitária vivida em Cabo Delgado.


“A agência vem trabalhando na questão dos deslocados, tendo conseguido ajudar na construção de casas para deslocados, cerca de 800, para uma aldeia em Ancuabe, também na abertura de vias de acesso que foram bloqueadas pelos terroristas, na reconstrução de infraestruturas em Macomia e, neste momento temos trabalhando bastante na recepção dos regressados, pois com a recuperação de algumas zonas, já há populares a voltarem às suas origens”, referiu Armindo Ngunga.


Criada com o objectivo de impulsionar o desenvolvimento social e económico das províncias nortenhas, a ADIN funciona com ajuda de parceiros, sejam económicos ou estratégicos. Os seus gestores dizem que as parcerias firmadas já mostram resultados positivos.


“Para Macomia e Quissanga temos estado a trabalhar com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que mantém a promessa de recolocação da ponte sobre o rio Montepuez, na ligação entre Metuge e Quissanga”, disse.


Ngunga referiu-se ainda que, nos próximos dias será celebrada uma parceria com o banco Mundial, para a reconstrução de algumas escolas, salas de aulas, abertura de vias de acesso e na recuperação de bilhetes de identificação e outros documentos pessoais.


“Continuaremos a trabalhar na mobilização de recursos para apoios, sejam alimentícios, vestuário, habitação, entre outros”.


Apesar do que já se fez, Armindo Ngunga reconhece haver necessidade de se fazer mais, por isso, apesar de ainda precisar de alguns acertos, já existe um plano de intervenção para 2022.


“Prevemos um investimento na ordem de 3.7 mil milhões de Meticais, dos quais 12 por cento serão do orçamento do Estado e o restante serão feitas negociações para encontrarmos parceiros que possam apoiar”.


A Agência de Desenvolvimento Integral do Norte foi criada há pouco mais de um ano, pelo Governo, com o objectivo de reduzir as assimetrias regionais através da promoção do desenvolvimento das províncias de Niassa, Cabo Delgado e Nampula.

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