Entre os mortos estão dois homens e três mulheres, sendo que quatro são adolescentes, com idades compreendidas entre 13 e 16 anos.
O facto ocorreu na segunda-feira, quando as vítimas se encontravam a cortar capim numa mata adentro, no povoado de Calavate, região de Muaquia, distrito de Mocuba.
Ainda em consequência do incêndio, uma casa e todos os pertences que estavam dentro foram reduzidos a cinzas. As testemunhas que vivenciaram a situação dizem que o fogo foi provocado por um indivíduo que, supostamente, fazia limpeza na zona. Este teria iniciado um fogo, mas este saiu do seu controlo e propagou-se, chegando a consumir a mata até causar perdas de vidas humanas.
André Tazingua, comandante do Serviço Nacional de Salvação Pública (SENSAP) na província da Zambézia, disse que as vítimas perderam a vida por desconhecimento do incêndio florestal.
“O incêndio florestal foi tão complexo, que muitas vezes, incapacitou os peritos na matéria de salvamento. Ao inalar o fumo, as vítimas perderam sentidos e isto pode ter precipitado, lamentavelmente, os óbitos”, disse o comandante.
Recentemente, o corpo de salvação pública, no distrito de Mocuba, recebeu um camião com capacidade de dois mil litros.
André Tazingua explicou que se o camião tivesse em pleno funcionamento, poderia ter minimizado os danos causados. “Infelizmente, faltou fluidez na comunicação no local do incêndio. Isso complicou a situação, tanto é que grande parte da mata foi consumida pelo fogo”, disse.
Esta terça-feira, os corpos das vítimas foram sepultados. O Governo distrital de Mocuba e da província solidarizaram-se com as famílias enlutadas.
O administrador Joaquim Pahare chamou atenção às famílias para terem sempre cuidado no manuseamento do fogo, sob pena de se continuar a registar-se mais mortes nas famílias.
“Tenham sempre cuidado com o fogo. Estamos aqui para nos solidarizarmos com as famílias. O que nos agrada é o facto de ouvirmos que conseguiram salvar a vida de um doente que, por pouco, seria atingido pelo fogo. Desejamos força e coragem para as famílias”, disse o governante.
O Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD) alocou mantimentos e cobertores para as famílias enlutadas. Uma equipa multissectorial foi destacada para o terreno para aferir a veracidade dos factos.
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