Nos últimos sete dias, subiu de 24 para 30 mil o número de deslocados causados pelo ataque à Vila Sede do distrito de Palma, no norte da província de Cabo Delgado.
Na sua mais recente comunicação, divulgada esta sexta-feira, a Agência das Nações Unidas para Refugiados fala de uma “profunda preocupação com as consequências humanitárias devido à rápida ascendência de violência no norte de Moçambique, onde cerca de 30 mil pessoas foram forçadas a fugir da cidade costeira de Palma, depois de essa ter sido atacada por grupos armados, a 24 de Março”, alerta a agência, que acrescenta que: “acredita-se que muitas mais pessoas ainda estejam presas em Palma. Aquelas que fugiram enfrentaram barreiras significativas ao procurar abrigos seguros dentro e fora do país”.
O número representa um aumento de cerca de seis mil deslocados em relação à semana passada.
Entretanto, a organização chama atenção em relação ao respeito pelos direitos humanos dos deslocados. “Algumas pessoas ainda fogem de Palma, mas com apenas algumas rotas de evacuação disponíveis. Estamos preocupados com aquelas que não têm alternativas senão permanecer em Palma”. Na vila de Quitunda, exemplifica a agência, partilhando que “recebeu relatos de graves abusos cometidos contra grupos vulneráveis, incluindo agressões físicas às pessoas que tentavam fugir para áreas mais seguras usando barcos”.
Desde 2017, o conflito, no norte de Moçambique, deixou dezenas de milhares de mortes ou feridos e forçou o deslocamento de mais de 700 mil pessoas.
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