A antiga ministra do Trabalho e ex-embaixadora de Moçambique, Helena Taipo, foi, hoje, restituída à liberdade enquanto aguarda o julgamento pelos crimes de que é acusada. A soltura da antiga ministra do Trabalho é em resposta a um pedido de habaes corpus, submetido pelos advogados em Dezembro do ano passado.
Não estava vestida de roupa de capulana como o habitual, mas de branco para talvez simbolizar a paz que sente por, depois de dois anos, respirar o ar de liberdade.
Eram por volta das 15 horas desta terça-feira quando Helena Taipo, antiga ministra do Trabalho, ex-embaixadora de Moçambique em Angola e então Governadora de Sofala, saía pela porta do Estabelecimento Penitenciário de Maputo, onde esteve detida desde Abril de 2019, acusada de liderar um esquema de desvio de 113 milhões de meticais dos cofres do Instituto Nacional de Segurança Social.
Recebida pelos familiares e advogados, Helena Taipo foi, sem prestar entrevista, nem olhar para as câmaras, directo para uma viatura branca e trazia uma mala que continha os seus pertences.
Os advogados da ex-ministra de Moçambique em Angola, também, não quiseram falar ao “O País”, mas, pelo telefone, explicaram que a soltura de Helena Taipo não foi mediante o pagamento de caução.
“Requeremos em Dezembro e só hoje é que foi o julgamento no Tribunal Superior de Recurso. Os argumentos, que aduzimos, foram aceites pelo tribunal e, imediatamente, foi ordenada a soltura. Neste momento, já está solta e está no convívio”, esclareceu Nércio Bomba, um dos advogados de Helena Taipo.
É mediante esses termos em que Helena Taipo aguarda pelo julgamento em liberdade. “Não podemos prever o que é que o futuro, neste processo, pode ditar, porque há um despacho de pronúncia pendente de recurso no Tribunal Supremo entreposto por todos os outros arguidos à excepção dela. Ela não recorreu, mas não sabemos qual é a decisão que pode daí advir, contudo, em princípio, ela irá aguardar o julgamento em liberdade”, sublinhou Nércio Bomba.
Além da antiga ministra do Trabalho, estão arrolados no processo 29/GCCC/17-IP mais 12 arguidos, dentre os quais os servidores públicos, nomeadamente, Pedro Taimo, ex-coordenador do projecto dos trabalhadores mineiros na Direcção do Trabalho Migratório, Anastácia Samuel Zita, ex-directora da Unidade, José António Monjane, ex-chefe da repartição de Finanças e Sidónio dos Anjos Carlos Manuel, afecto ao gabinete da antiga ministra do Trabalho, Helena Taipo.
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