Persiste a destruição de mangais no distrito de Metuge, província de Cabo Delgado. A população usa a planta para combustível lenhoso e construção de casas, colocando o meio ambiente em perigo. Para inverter a situação, as autoridades locais iniciaram um trabalho de repovoação de mangais.
A maior parte da população que vive na zona costeira do distrito de Metuge, sempre usou o Mangal para construção de suas casas, embarcações e como lenha. Entretanto, o Governo está preocupado com a situação porque, agora, as pessoas estão a explorar quase de forma industrial, para vender nas principais cidades de Cabo Delgado.
“As pessoas continuam a cortar o mangal. Cortam mangal para fazer os seus quintais, lenha, e para construção”, reconheceu o administrador do distrito de Metuge.
Devido à gravidade da situação, este ano, o Governo de Metuge, com apoio do Centro de Pesquisa do Ambiente marinho e Costeiro, iniciou um projecto de reposição das zonas destruídas, mas defronta-se com as pessoas, pois estas não param de cortar o mangal.
Sónia Muando, directora do Centro de Pesquisa do Ambiente Marinho e Costeiro explica que “mesmo plantando, se continuarmos a fazer cortes, não estaremos a fazer nada, porque teremos que gastar mais recursos para ir a essas áreas que estão a ser cortadas. O importante é consciencializar a população, a localidade e principalmente, as nossas mulheres, pois elas é que pressionam muito o recurso”.
Com cerca de 400 quilómetros de costa, Cabo Delgado perdeu cerca de 5 mil hectares de mangal nos últimos 10 anos, e só foi possível a reposição de 12 hectares, nos distritos de Mecufi e Metuge.
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