Moradores de Albazine sem água há semanas

 Os moradores do bairro Albazine, na cidade de Maputo, estão sem água há mais de duas semanas, por isso as famílias buscam por soluções a custo próprio.



O dia começa cedo para Carolina Chiziane. A aposentada dedica-se à cozinha, confecciona alimentos num restaurante defronte à sua residência, daí que os cuidados com a higiene são redobrados, sobretudo, em meio à pandemia da COVID-19.


Há mais de 15 dias, a residência de Corolina e de tantas outras famílias do bairro Albazine, quarteirão 91 estão sem água. “Estou mal, chego a pagar 400mt por dia para buscar água distante daqui e, quando nos trazem a factura, os valores são muito”, lastimou.


Ao seu lado, vive Pedro Anastácio que é criador de frangos há mais de 10 anos. Sem água, o negócio está estremecido e, a cada sete dias, desembolsa 1.500 meticais de combustível para ir à cidade capital buscar o precioso líquido.


“Os frangos e patos bebem muita água, já comecei a ter algumas perdas, perdi 5 frangos há dias por causa do calor”, apontou as consequências da crise de água.


Agastados com a situação, os moradores exigem respostas. Dizem já se ter aproximado às instalações do fornecedor, mas nunca encontram ninguém por lá. A chefe do quarteirão disse à equipa do jornal “O Pais” que o operador é novo e que enfrentava cortes devido a dívidas junto da Electricidade de Moçambique.


De acordo com as fontes com que tivemos acesso, o sistema de abastecimento de água é do FIPAG, mas concessionou-o a um operador privado. A nossa equipa de reportagem tentou contactá-lo, mas sem sucesso.

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