Não é a primeira vez que golfinhos morrem no arquipélago do Bazaruto

A combinação perfeita do mar, da areia branca e da vegetação encanta quem chega ao arquipélago do Bazaruto, em Inhambane. Mas não se imagina que a região foi palco de um dos maiores desastres ambientais numa zona de protecção.

No domingo passado houve 25 golfinhos mortos e na terça-feira mais 86. Ao todo, 111 mamíferos da mesma espécie sucumbiram em 48 horas.



Em toda região insular ninguém viu absolutamente nada, até que os animais fossem encontrados mortos. Mas o “O País” apurou que na zona onde os animais foram encontrados sem vida não era a primeira vez que Golfinhos morriam em massa no mar.

E os mais velhos confirmam acrescentando que quando há fortes tempestades, os animais aparecem sempre mortos. Por vezes, tem sido em Janeiro, Fevereiro ou Março. Mas é sempre no início do ano.

O Governo “fechou-se” e não adianta nenhuma explicação sobre a investigação em curso para compreender as causas da morte em massa dos golfinhos. Diz que só pode se pronunciar depois de tudo estar esclarecido.

Ainda não há detalhes sobre a investigação em curso, como também não há datas para a disponibilização dos resultados, tal como refere a secretária de Estado em Inhambane, Ludimila Magune.

Para já lamenta-se a morte dos golfinhos que fazem parte do atractivo turístico da “terra da boa gente”.

Os golfinhos que morreram no Bazaruto não são da região. Por isso, há quem afirma que os animais se tenham perdido no processo de migração.

Uma equipa mista constituída pelo Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas, Ministério da Terra e Ambiente (Administração Nacional das Áreas de Conservação), Universidade Eduardo Mondlane, dois especialistas em mamíferos marinhos da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) está no Parque Nacional de Arquipélago do Bazaruto, desde quarta-feira, para reforçar uma outra equipa de especialistas e pesquisadores que procura entender o que levou à morte de tantos golfinhos em pouco tempo.

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