“Há que agir de forma contundente de modo a evitar e desencorajar que estrangeiros venham a Moçambique para nos desestabilizar, usando os nossos irmãos e filhos contra o seu próprio povo”, apelou, ontem, o Comandante-em-Chefe das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, Filipe Nyusi.
Falando no encerramento do quinto curso de operações de combate ao terrorismo, na sexta-feira, o Presidente da República vincou que “em Cabo Delgado estamos perante actos claros de terrorismo, uma guerra sem igual”.
“É uma guerra sem fronteiras, porque não respeita a soberania, nem a integridade territorial. É uma guerra sem lei, sem respeito à vida humana e usa todos os meios para aterrorizar homens e mulheres, matar e mutilar de forma mais hedionda”.
Essas práticas, segundo Filipe Nyusi, estão aliadas ao “tráfico de drogas e à pilhagem de riquezas”.
“O terrorismo explora a vulnerabilidade das populações” cuja “maioria dos Estados nunca está” em condições de garantir a “satisfação da sua vida, mesmo que essa vida esteja em construção”, considerou o Chefe do Estado.
Para Nyusi, se o terrorismo não for combatido de forma unida em Moçambique, em África e no mundo, “ninguém se salvará dele por mais forte que se julgue ser”.
No país, o soldado na linha da frente para acabar com o problema é o próprio moçambicano, considerou o Comandante-em-Chefe das Forças Armadas de Defesa de Moçambique.
Relativamente à auto-proclamada Junta Militar da Renamo, Nyusi apelou para que deponha as armas e junte-se ao processo do Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR).
Neste contexto, o líder daquele movimento militar, Mariano Nhongo, deve entregar-se e aderir ao DDR. “E pode fazê-lo através de contactos ao seu dispor”.
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