No centro de Saúde do Albazine, na cidade de Maputo, abunda lixo e tudo indica que não é recolhido há bastante tempo. O capim também cresce a olhos vistos e ninguém trata de limpá-lo. Não há água para a desinfecção das mãos nos baldes colocados para efeito. O município diz que tem conhecimento da situação e promete trabalhar para acabar com a imundície que tomou conta da unidade sanitária.
Capim… capim… e mais capim. É o que se pode ver no Centro de Saúde do Albazine, periferia da capital moçambicana.
Aliás, onde devia haver apenas lixo hospitalar, “O País” verificou que existem garrafas de bebidas. É tanto lixo espalhado pelo chão, incluindo pelos bancos dos pacientes. Samaria Marindza, interpelada na unidade sanitária à procura de atendimento, mostrou-se indignada com o problema e disse não compreender como é que um hospital apresenta aquelas condições.
O cenário é de autêntica imundície, num tempo em que as autoridades de saúde, sensibilizam a população para que intensifique as medidas de higiene para conter a propagação da COVID-19.
Rosa Timane, paciente daquele hospital, diz que há dois anos que a falta de higiene prevalece. Os doentes não utilizam as casas de banho porque andam muito sujas.
Os baldes para a lavagem das mãos para prevenir o novo Coronavírus estavam quase vazios quando “O País” se fez ao local. Outros recipientes nem tinham sabão. As casas de banho não só andam encharcadas porque as torneiras jorram água, como também há um cheiro nauseabundo a rebentar pelas costuras.
“Eu penso que eles [os gestores do hospital] deviam melhorar tirando o lixo. Isto pode causar graves problemas aos doentes”, considerou Sidónia Augusto, outro utente daquela unidade hospitalar.
O Conselho Municipal da Cidade de Maputo, responsável pela gestão da unidade sanitária, disse que vai tomar medidas para acabar com a imundície. Quando? Não precisou.
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