De regresso do hospital, Trump tira a máscara ao chegar à Casa Branca



Trump abandonou o Centro Médico Walter Reed por volta das 23:40h [18:40h em Washington], dirigindo-se para o helicóptero que o levou à Casa Branca.


Levantando várias vezes o punho cerrado e o polegar em sinal de força, o chefe de Estado ignorou as perguntas dos jornalistas que o questionaram sobre o número de pessoas atualmente infetadas na Casa Branca e sobre se se considerava um supertransmissor de covid-19.


O Marine One aterrou na Casa Branca pouco antes das 19 horas de segunda-feira (24 horas de Lisboa).


À chegada Donald Trump indicou que se sentia "muito bem" por estar de regresso à Casa Branca, tendo depois, subido para a varanda do Pórtico Sul, onde tirou a máscara, que enfiou no bolso, e levantou ambos os polegares em sinal de que estava bem.


Os médicos de Trump disseram que ele continuaria a sua recuperação da Casa Branca, onde será atendido 24 horas por dia, 7 dias por semana, por uma equipa de médicos e enfermeiros.


Ainda que, segundo o seu médico permaneça com infeção ativa, Trump afirmou, momentos antes de sair do hospital, que não será impedido de fazer campanha durante muito tempo, escrevendo numa publicação na rede social Twitter: "Voltarei em breve à campanha".



A saída do Centro Médico Walter Reed  já tinha sido sugerida ontem pela equipa médica que tem acompanhado Trump, tendo hoje a mesma confirmado que Trump poderia regressar a casa.


Antes tinha-se já antecipado à conferência de imprensa da equipa médica e anunciado a sua saída do hospital ainda hoje.


"Sinto-me muito bem! Não tenham medo da Covid-19. Não deixem que ele domine as vossas vidas. ... Sinto-me melhor do que há 20 anos", escreveu.


Na conferência de imprensa, o médico da Casa Branca, Sean Conley, disse que o atual estado clínico e as avaliações feitas ao Presidente norte-americano permitiam que tivesse alta hospitalar e regressasse a casa.



“Embora [o Presidente] possa ainda não estar totalmente fora de perigo, a equipa e eu concordamos que todas as suas avaliações, e o mais importante, o seu estado clínico permitem o seu regresso a casa, onde estará rodeado de cuidados médicos de classe mundial 24 horas por dia, sete dias por semana", declarou.


"Estamos todos cautelosamente otimistas e vigilantes, porque nos encontramos num território desconhecido quando se trata de um paciente que recebeu as terapias tão cedo durante o curso da doença", acrescentou.


Trump foi medicado com dexametasona, medicamento geralmente associado a casos graves de covid-19, e fez dois tratamentos experimentais (o da empresa de biotecnologia Regeneron e o antiviral Remdesivir).


Além disso, Conley afirmou no domingo que ele recebeu oxigénio extra na última sexta-feira, algo que inicialmente não havia sido divulgado.


Na sexta-feira de madrugada, Trump anunciou na sua página pessoal no Twitter que, tal como a primeira-dama, Melania, tinha testado positivo ao novo coronavírus e que iria ficar em quarentena.

Horas depois, foi internado por medida de precaução no Hospital Militar Walter Reed.

O Presidente norte-americano tem 74 anos e é clinicamente obeso, o que o coloca em maior risco de complicações graves por causa do novo coronavírus que infetou, até à data, mais de 7 milhões pessoas e matou mais de 200 mil nos Estados Unidos.

Surto na Casa Branca?

Sair do hospital não quer dizer que Trump poderá voltar à rotina anterior de comícios pelo país. E a Casa Branca, onde o estado de saúde é verificado todas as 24 horas, está longe de ser um espaço protegido da pandemia.

Três dias após a hospitalização do presidente, a sua assessora de imprensa, Kayleigh McEnany, anunciou nesta segunda-feira que também foi contagiada pelo vírus, mas sem sintomas, após "testar negativo constantemente" desde quinta-feira, dia em que a infeção da assessora presidencial Hope Hicks disparou alertas.

McEnany, que é o caso covid-19 mais recente no círculo do presidente, disse que vai ficar em quarentena e continuar a trabalhar remotamente.

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