O desarmamento de 5.000 guerrilheiros da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição no país, está prestes a arrancar, diz em entrevista à Lusa o líder daquela força política, Ossufo Momade.
"Na próxima semana [a que decorre] vamos reiniciar o processo", refere, na sequência dos acordos de paz e cessação de hostilidades assinados em agosto de 2019 com o Presidente Filipe Nyusi.
Passados sete meses, ainda nenhum guerrilheiro entregou as armas, excetuando 10 oficiais da Renamo indicados para integrar o Comando-Geral da Polícia moçambicana e que concluíram instrução em novembro.
Os dez representam "o início", diz, destacando: "Somos os principais interessados em ver o processo avançar".
A demora no arranque do processo de desmilitarização, desmobilização e reintegração (abreviado nos círculos políticos como DDR) deve-se a questões de agenda, resume o líder da Renamo.
"Devido às eleições, parámos, porque não podíamos tratar dos dois assuntos ao mesmo tempo", sendo que as eleições gerais decorreram em outubro e a campanha arrancou no final de agosto.
Depois, no final do ano, "a comunidade internacional pediu para estar fora de Moçambique", por altura do período de festividades de Natal e passagem de ano.
Agora, está tudo a ser ultimado para o arranque, que deverá decorrer na base da Renamo em Savana, distrito de Dondo, no Centro do país -- trata-se de uma localidade costeira da província de Sofala, poucos quilómetros a Norte da cidade da Beira.
"No distrito de Dondo, o processo já está muito avançado. Os guerrilheiros já têm números de conta [bancária] e já têm NUIT", Número Único de Identificação Tributária, para que possam receber os respetivos benefícios.
Para cada um dos cinco mil homens, há duas opções quando entregam as armas: uns poderão ter acesso à polícia, outros serão desmobilizados e reintegrados na sociedade.
Para quem é desmobilizado, Momade pede "uma desmobilização que os beneficie, para não acontecer o mesmo do passado", em que "receberem uma catana, enxada e balde".
"Queremos uma desmobilização condigna" para que cada ex-guerrilheiro "volte para a sua aldeia com dignidade, para que marque a diferença", sublinha.
A Renamo quer atenção dada ao desmobilizado e também à sua família, que, segundo refere, também acaba discriminada, em parte porque as zonas de bases da Renamo têm menos infraestruturas: "nalguns sítios não há escola, nem água potável, nem energia, não há emprego nem saúde".
O pacote de apoios a atribuir a cada guerrilheiro "ainda está em estudo", mas Ossufo Momade acredita que pode igualmente haver acordo sobre o mesmo "nos próximos dias" entre os grupos que o analisam, por forma a que possa ser assinado entre ele e o Presidente da República, com o apoio da comunidade internacional.
Noticias ao Minuto
Os dez representam "o início", diz, destacando: "Somos os principais interessados em ver o processo avançar".
A demora no arranque do processo de desmilitarização, desmobilização e reintegração (abreviado nos círculos políticos como DDR) deve-se a questões de agenda, resume o líder da Renamo.
"Devido às eleições, parámos, porque não podíamos tratar dos dois assuntos ao mesmo tempo", sendo que as eleições gerais decorreram em outubro e a campanha arrancou no final de agosto.
Depois, no final do ano, "a comunidade internacional pediu para estar fora de Moçambique", por altura do período de festividades de Natal e passagem de ano.
Agora, está tudo a ser ultimado para o arranque, que deverá decorrer na base da Renamo em Savana, distrito de Dondo, no Centro do país -- trata-se de uma localidade costeira da província de Sofala, poucos quilómetros a Norte da cidade da Beira.
"No distrito de Dondo, o processo já está muito avançado. Os guerrilheiros já têm números de conta [bancária] e já têm NUIT", Número Único de Identificação Tributária, para que possam receber os respetivos benefícios.
Para cada um dos cinco mil homens, há duas opções quando entregam as armas: uns poderão ter acesso à polícia, outros serão desmobilizados e reintegrados na sociedade.
Para quem é desmobilizado, Momade pede "uma desmobilização que os beneficie, para não acontecer o mesmo do passado", em que "receberem uma catana, enxada e balde".
"Queremos uma desmobilização condigna" para que cada ex-guerrilheiro "volte para a sua aldeia com dignidade, para que marque a diferença", sublinha.
A Renamo quer atenção dada ao desmobilizado e também à sua família, que, segundo refere, também acaba discriminada, em parte porque as zonas de bases da Renamo têm menos infraestruturas: "nalguns sítios não há escola, nem água potável, nem energia, não há emprego nem saúde".
O pacote de apoios a atribuir a cada guerrilheiro "ainda está em estudo", mas Ossufo Momade acredita que pode igualmente haver acordo sobre o mesmo "nos próximos dias" entre os grupos que o analisam, por forma a que possa ser assinado entre ele e o Presidente da República, com o apoio da comunidade internacional.
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