Daviz Simango acha que não se pode ter medo de dizer que o "Acordo de Maputo teve insuficiências" e defende diálogo entre os interessados para resolver conflitos armados: "Mais inteligência do que ditadura do poder".
A Beira, capital da zona centro de Moçambique, não sofre diretamente com os conflitos armados e ataques engendrados por homens associados à autoproclamada junta militar da Resistência Nacional de Moçambique (RENAMO). Apesar disso, a tensão na região tem efeitos na capital de Sofala porque força a deslocação das comunidades.
O presidente do Concelho Autárquico da Beira, Daviz Simango, sustenta que Moçambique deve encontrar um caminho definitivo de paz e defende a integração e o diálogo com todas as partes do processo de estabilização do país.
“Há um sentimento de que uma parte dos guerrilheiros não tiveram comunicação suficiente para compreender o processo", disse o edil em entrevista à DW África.
Simango acha que pessoas foram a razão central do Acordo de Maputo, que selou a paz em 6 de agosto de 2019, por isso elas deveriam ser centrais na resolução da tensão que se vive no país.
"Houve essa guerra civil, houve esses conflitos, porque existiam homens que estavam com armas em punho, e esses homens continuam lá e andam em desavenças com a direção do partido da oposição, neste caso da Renamo”, afirmou o líder do Movimento Democrático de Moçambique (MDM).
DW
Enviar um comentário