Presidente da RENAMO recusa-se terminantemente a dialogar com líder da "Junta Militar". Ossufo Momade diz que Mariano Nhongo não representa nada no partido e garante que ele não tem acesso às armas da RENAMO.
Em Moçambique, o líder da "Junta Militar", Mariano Nhongo, continua a dar que falar. É que, no centro do país, os ataques armados contra a população a seu mando tornam-se cada vez mais regulares.
O que tem feito a sua "casa", a RENAMO, para silenciar as armas deste suposto desertor? Nada. Foi o que ficámos a saber ao longo de uma entrevista com o presidente do maior partido da oposição, Ossufo Momade.
DW África: No seu partido, há quem defenda que o Sr. Ossufo Momade se aproxime de Mariano Nhongo para pôr fim à crise dentro da RENAMO e assim trazer também a paz para o país. Pretende avançar com isso?
Ossufo Momade (OM): Se alguém pensa nisso está enganado, na medida em que Nhongo não tem nenhum princípio, ele não representa nada dentro do nosso partido. É um desertor, uma pessoa sem palavra.
A cada dia que passa diz uma coisa diferente do que disse no passado. Por isso, eu nunca me iria preocupar com alguém que vai para a via pública destruir carros e matar a população alegando que [o faz] porque não concorda com o Ossufo.
Não concordar comigo não é atacar viaturas, não é prometer coisas que inviabilizam o crescimento de Moçambique. Se ele tem problemas com o Ossufo, a sua obrigação é vir para dentro do partido manifestar a sua inquietação. Aí eu estaria disponível.
DW
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