Autoridades desconhecem se novo vírus da China se transmite pessoa a pessoa

As autoridades de saúde admitem que possa ter havido um caso de contágio entre pessoas no surto de pneumonia viral na China, mas afirmam que "não há uma indicação clara e sustentada de transmissão" entre humanos.
Autoridades desconhecem se novo vírus da China se transmite pessoa a pessoa

O Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC, na sigla inglesa) refere que o caso importado do Japão tem uma história de contacto com uma pessoa com infeção respiratória aguda mas não confirmada laboratorialmente.

Isto sugere que pode ter ocorrido uma transmissão de pessoa a pessoa, mas o ECDC reforça que não há ainda informações detalhadas.
“Não há indicação clara e sustentada de transmissão de pessoa a pessoa”, indica o centro europeu.

O ECDC afirma também que é “impossível quantificar o potencial de transmissão entre humanos” deste novo vírus detetado na China.

Ainda assim, a maioria dos casos deste tipo de pneumonia viral reportou ter visitado um mercado na cidade chinesa de Wuhan. Outros casos não visitaram o mesmo mercado de mariscos e peixes, mas estiveram noutros mercados.

São poucos os casos sem conexão direta com um mercado alimentar, mas as autoridades ainda desconhecem a fonte de infeção ou o modo de transmissão.

O ECD recorda que um novo vírus foi isolado e considerado a causa de 41 casos de pneumonia na área de Wuhan, com outros três casos de viajantes detetados na Tailândia e Japão, provenientes dessa cidade chinesa.

Esta semana, em Portugal, a Direção-Geral da Saúde garantiu que o surto de pneumonia viral na China já estaria contido, indicando que uma eventual propagação “não é uma hipótese neste momento a ser equacionada”.

“Não temos que estar alarmados, é preciso é estarmos atentos”, afirmou na quarta-feira a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas aos jornalistas, sublinhando que o coronavírus detetado na China não será transmissível de pessoa a pessoa.

Segundo Graça Freitas, a transmissão entre pessoas apresenta uma “fraquíssima possibilidade”, sendo que um dos indicadores que deixa as autoridades tranquilas é o facto de os profissionais de saúde que trataram os doentes na China não terem adoecido.

Lusa

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