Abel Xavier: herói ou vilão?

Se os Mambas se tivessem qualificado – bastava um pouco mais de “manha” nos minutos finais de três jogos – estaria o país a falar de um Abel Xavier herói.

Abel Xavier: herói ou vilão?

Ainda por cima porque a qualificação transportaria a inédita façanha das duas primeiras vitórias, em competições oficiais, diante da toda (ex?) poderosa Zâmbia. Tal não aconteceu e o sentimento girou 180 graus. Para alguns foi um falhanço total, a partir de um currículo que denota inexperiência, passando pelas convocatórias e métodos errados.

Repare-se no que aconteceu com as claques: após a derrota diante da Namíbia, cercaram o autocarro dos Mambas, exigindo de imediato a cabeça do técnico. Depois, muitos deles integrados na “onda vermelha” em Bissau gritaram a plenos pulmões:

- “Queremos Abel Xavier! Queremos Abel Xavier, mesmo que os outros já não te queiram! Ele terminou o jogo abraçando e chorando junto dos jogadores. É assim a vida dos Seleccionadores e treinadores. Numa análise mais a frio, há que referir que não é justo aquilatar a acção do recém-demitido treinador dos Mambas, sem ter em conta os momentos difíceis e multifacetados que tem vivido o país e, por tabela, o desporto nacional.

Uma clara desvantagem que se nos coloca nas competições continentais, é a da fragilidade naquilo a que se chama de jogo invisível. Ou seja, acção fora das quatro linhas. Quem acompanhou as nossas equipas pelo continente, sabe bem dos frequentes “imprevistos”, acção e pressão sobre árbitros e comissários da CAF, o que nos coloca em desvantagem em casa, como eternas “virgens imaculadas” que continuamos a ser.

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