O Programa Mundial de Alimentação (PMA) descarta que o móbil do ataque ocorrido no último fim-de-semana à aldeia de Nacate tenha sido a ajuda humanitária que estava em distribuição à população daquela região de Cabo Delgado, após o ciclone “Kenneth”.
“Não há provas de que os agressores tenham sido motivados pela presença de assistência alimentar na aldeia de Nacate”, segundo funcionários da ONU, que posteriormente visitaram a área, disse à Lusa fonte oficial daquela organização intercontinental.
“Nada foi roubado durante o ataque”, acrescentou.
Desde Outubro de 2017, os ataques de grupos armados não identificados com origem em mesquitas já provocaram, pelo menos, 150 mortos em Cabo Delgado.
As invasões a aldeias remotas têm incluído “roubo de caprinos e outros bens, mas nunca de assistência alimentar”, sendo que o PMA “tem apoiado as pessoas deslocadas pela violência em Cabo Delgado há quase um ano”, referiu a mesma fonte.
Uma nova missão de distribuição de apoio alimentar do PMA em Cabo Delgado está em curso, na sequência da assistência aos necessitados após o ciclone “Kenneth”, que atingiu a região a 25 e 26 de Abril último.
“No domingo, assistimos perto de 10 mil pessoas, com alimentação para 30 dias, em Chai, área a norte de Nacate”, descreveu a mesma fonte do PMA.
No total, a agência das Nações Unidas já forneceu assistência alimentar a quase 50 000 pessoas, em Cabo Delgado, desde que o ciclone atingiu a província.
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